Iniciativa do Projeto de Extensão Universitária Ciência para Todos (www.bit.ly/cienciaufpr)
Por Heloisa Pinheiro. Mestrada do PIPE da UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Muitos podem se questionar o porquê da interrogação no título, se a intenção era essa ou se foi algum erro de digitação. A resposta é: não, não foi um erro de digitação e sim uma dúvida que acredito existir em nossa sociedade. Uma dúvida comedida, um pensamento que não é admitido por ninguém, mas que é demonstrado por alguns sinais que cercam a vida de um professor. Um desses sinais pode ser demonstrado em números, hoje só 2,4% dos jovens brasileiros querem ser professor (dados do relatório de Políticas Eficientes para Professores, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 2018). Outro aspecto a ser considerado é a desvalorização salarial dos educadores, embora eles necessitem dedicar um grande tempo de estudo e aperfeiçoamento para serem qualificados em sua profissão. A adversidade enfrentada é, também, notada na luta continua pelos seus direitos trabalhistas, que geram represálias pela mídia e por alguns governantes. Esse último fato contradiz o que muitos políticos garantem em seus planos de governo, tanto nacionalmente como internacionalmente a educação é sempre colocada como prioridade nos investimentos para a busca do desenvolvimento do país.
Analisando todas as adversidades citadas, o que motiva esse profissional para continuar lecionando é que existem razões ainda maiores para persistir. Uma delas é que poucas profissões estão tão envolvidas em todas as etapas do desenvolvimento de uma pessoa, o professor está presente desde os primeiros passos do aluno, não somente educando intelectualmente como formando cidadãos ao passar valores e formar caráter. Quando enaltecemos os médicos, juízes e empresários bem sucedidos, não podemos esquecer que os mesmos só chegaram ao nível de conhecimento por conta dos professores que os prepararam para exercerem suas funções com excelência.
Lecionar envolve uma busca incessante por aperfeiçoamento em pesquisas de novas técnicas e/ou soluções para os problemas da sociedade. Essas descobertas não só melhoram a vida da população mas garante a evolução da humanidade.
Um outro retorno imensurável é observar a evolução de um aluno seja no aprendizado, seja como cidadão, todo o esforço e tempo de aperfeiçoamento são recompensados.
Dessa forma, afirmo: Sim, sou professor, com orgulho!
Disciplina: Métodos de Ensino Inovadores para Engenharia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais da UFPR, Prof. André B. Mariano