O mundo
está cada vez mais pensando no amanhã e em como está tratando o planeta em que
vivemos hoje. Isso leva inúmeras pessoas a mudarem de atitude e rotina com o
intuito de fazer a sua parte para melhorar o meio ambiente em que vivem. Dentre
as atitudes tomadas está a de não andar tanto de carro principalmente em curtas
distâncias para diminuir a emissão de gases (CO2, CO, H2,
H2O, CH4, NOX, SOX) e fuligem nocivos
à saúde liberados na combustão incompleta dos motores.
Além de poluirmos o ar que respiramos, para produzir
gasolina e demais derivados do petróleo as indústrias petroleiras poluem muito
mais quando há derramamentos em qualquer área, matando boa parte da fauna
presente no local e causando um desequilíbrio ecológico no espaço atingido.
Para minimizar estes riscos de poluição e piora da qualidade
de vida em grandes centros urbanos vários grupos de pesquisa estão partindo
para o desenvolvimento de biocombustíveis a partir de diversas matérias primas,
até mesmo reutilizando resíduos.
Uma das
matérias primas para elaborar o biocombustível é a cana de açúcar, que
apresenta grande quantidade de açúcares, que fermentados, dão origem ao metanol
e ao etanol que é utilizado para a produção de biocombustível. Há linhas de
pesquisa que utilizam enzimas para “quebrar” a celulose da casca da cana para
obter maior quantidade de açúcares e assim, mais álcool (etanol). Ao contrário
da cana que já vem com açúcares mais simples praticamente prontos para o
processo de fermentação, o milho precisa da ação de enzimas chamadas celulases,
que degradam a celulose formando açucares mais simples, possíveis de serem
fermentados pelas leveduras. Sendo assim o processo de produção de
biocombustível através do milho é mais oneroso e demorado, tornando a cana de
açúcar mais rentável.
Outro
método de produção de biocombustíveis é através da transesterificação. Esta reação
consiste na esterificação de ácidos graxos (RCOOH) formando etil ésteres (RCOOR’)
que junto a um álcool (R’’OH) trocam o seu grupamento radical, formando outro
álcool (etanol) e outro éster. Este processo é utilizado para produzir álcool
através de produtos com ácidos graxos, ou seja, plantas oleaginosas ou gordura
animal. Um ótimo exemplo de planta oleaginosa é a palma, que produz grande
quantidade de azeite que pode ser usado para produzir biocombustíveis.
Vários
métodos de fazer biocombustíveis já estão disponíveis e em andamento, porém na
busca por desenvolvimento sustentável existem ainda diversas possibilidades de
inovações como a diminuição dos custos e o aumento da produtividade. O grande
desafio desta área é produzir combustíveis que ao queimarem eliminem uma menor
quantidade de gases tóxicos, não causem dano ao motor dos automóveis, seja de
fácil desenvolvimento em larga escala e baixo custo de produção.
Baseado na
disciplina ‘Tecnologias Limpas e Biocombustíveis’ ministrada pelo Prof. Dr.
André Bellin Mariano.
Aluno:
Guilherme Luís Pellin, Bioprocessos e Biotecnologia
Orientador:
Prof. André Bellin Mariano, D.Sc.