Obesidade e Atividade Física


Estamos vivendo num tempo em que as formas físicas, sejam elas magérrimas ou esculturais compõem um padrão de beleza, o qual se atinge à custa de muita atividade física aliada a uma alimentação adequada. Seria de fato muito gratificante se as pessoas não estivessem alucinadas a adquirir esse conjunto harmonioso de forma fácil e investissem num produto milagroso ou tratamentos radicais onde se teria o corpo perfeito e sem nenhum esforço, apostando em drogas, entre elas a mais comentada, sibutramina, ou depositando todas as esperanças nas mãos de um cirurgião fazendo com que o problema se resolva.
Questiona-se o ponto de que não é necessário muito esforço para adquirir formas perfeitas e se pode comer tudo que é saboroso. Isso implica na maioria das vezes na consequente troca de uma alimentação tradicional, balanceada, saudável pelos fast-foods, e é com essa atitude que facilita a troca de glicose e carboidratos, fonte de energia duradoura pelas gorduras, lipídeos.
Nessa questão entra a freqüência de sobre peso evoluindo para um quadro de obesidade que se transforma num problema de saúde de ordem social intensa, extrapolando para uma epidemia, pois atinge todas as idades e todas as classes sociais. Dentre esses fatores preponderantes está relacionado a genética e nutrição irregular desencadeando um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento de nutrientes, o que leva a obesidade
O peso excessivo evolui para desenvolvimento de problemas psicológicos, onde a frustação e a depressão são inevitáveis forjando uma infelicidade, e desencadeando problemas de ordem física originando patologias como doenças cardíacas, renais levando a um desequilíbrio metabólico intenso.
Entretanto, com o aumento de peso que se deve ao acúmulo de gordura no organismo, muitos dos pacientes procuram tratamentos radicais como por exemplo, a cirurgia bariátrica recomendada só para pacientes com IMC (índice de massa muscular) acima dos 40Kg/cm², considerados pacientes com obesidade mórbida.
A cirurgia tem por objetivo reduzir a ingestão alimentar e manter a saciedade, mas como todo tratamento envolve distúrbios colaterais que definem outras patologias como osteoporose e anemia.
Precisamos nos conscientizar que para termos uma vida saudável e tratarmos doenças, a prioridade é a iniciação da atividade física, pois comprova-se que exercitar de forma sistemática, gradativa e usual torna-se indispensável para o funcionamento ideal do organismo e que atitudes radicais envolvem muito mais fatores que predispõem efeitos adversos que estão relacionados à perdas irreversíveis e irreparáveis que danificam o bom desempenho do corpo humano.
Logo, o bom senso é primordial para determinar até aonde se quer chegar, em busca da qualidade de vida.  

Aluna: Lealiz Lazzarotto, Estudante de Biomedicina

Orientador: Prof. André Bellin Mariano, D.Sc.